domingo, abril 26, 2009

Brasileiro bahá'í faz cobrança a diplomata do Irã

Em meio aos desencontros causados pela passagem do presidente iraniano em Genebra, um encontro nos bastidores da conferência fez um brasileiro constranger o regime islâmico de Teerã.
Nomeado para fazer o relatório final do encontro por indicação do Brasil, o carioca Iradj Roberto Eghrari tomou a iniciativa de abordar o embaixador do Irã em Genebra, eleito como um dos vice-presidentes do principal comitê da conferência.
Iradj é filho de iranianos da fé bahá'í, que se mudaram para o Rio de Janeiro na década de 50 para fugir da perseguição aos praticantes de sua crença. Hoje ele é um dos dirigentes da Comunidade Bahá'í no Brasil.
A primeira surpresa do embaixador Razavi Khorasan veio quando Iradj propôs que a conversa fosse em farsi. Após olhar o nome na credencial do brasileiro, o diplomata quis saber em que ano seus pais haviam imigrado. Segundo Iradj, o diplomata entendeu qual era sua origem quando ele respondeu 1955, "o auge da perseguição aos bahá'í".
Em seguida, o embaixador quis saber se o brasileiro ainda tem parentes no Irã. Iradj disse que não: "Estão todos mortos ou fugiram". Segundo o brasileiro, cerca de 20 mil bahá'ís foram mortos no século passado. A perseguição continuou após a Revolução Islâmica de 1979.
O brasileiro disse que não quis manter o constrangimento e mudou de assunto. "Estamos em trincheiras opostas, mas aquele não era o momento de confronto."
(MN)
 
 
 
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Publicado em outubro, o relatório do Sr. Ban afirmou que "há um número de sérios impedimentos à completa salvaguarda dos direitos humanos" no Irã. Tal relatório também expressou preocupações concernentes à tortura, execuções, aos direitos das mulheres e a discriminação contra as minorias. [Para ler o relatório completo, ir para: http://www.un.org/Docs/journal/asp/ws.asp?m=a/63/459  Matéria aqui  Relatório em espanhol
 
 

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