domingo, abril 26, 2009

Brasileiro bahá'í faz cobrança a diplomata do Irã

Em meio aos desencontros causados pela passagem do presidente iraniano em Genebra, um encontro nos bastidores da conferência fez um brasileiro constranger o regime islâmico de Teerã.
Nomeado para fazer o relatório final do encontro por indicação do Brasil, o carioca Iradj Roberto Eghrari tomou a iniciativa de abordar o embaixador do Irã em Genebra, eleito como um dos vice-presidentes do principal comitê da conferência.
Iradj é filho de iranianos da fé bahá'í, que se mudaram para o Rio de Janeiro na década de 50 para fugir da perseguição aos praticantes de sua crença. Hoje ele é um dos dirigentes da Comunidade Bahá'í no Brasil.
A primeira surpresa do embaixador Razavi Khorasan veio quando Iradj propôs que a conversa fosse em farsi. Após olhar o nome na credencial do brasileiro, o diplomata quis saber em que ano seus pais haviam imigrado. Segundo Iradj, o diplomata entendeu qual era sua origem quando ele respondeu 1955, "o auge da perseguição aos bahá'í".
Em seguida, o embaixador quis saber se o brasileiro ainda tem parentes no Irã. Iradj disse que não: "Estão todos mortos ou fugiram". Segundo o brasileiro, cerca de 20 mil bahá'ís foram mortos no século passado. A perseguição continuou após a Revolução Islâmica de 1979.
O brasileiro disse que não quis manter o constrangimento e mudou de assunto. "Estamos em trincheiras opostas, mas aquele não era o momento de confronto."
(MN)
 
 
 
Saiba mais aqui e aqui sobre Bahá'i
 
Publicado em outubro, o relatório do Sr. Ban afirmou que "há um número de sérios impedimentos à completa salvaguarda dos direitos humanos" no Irã. Tal relatório também expressou preocupações concernentes à tortura, execuções, aos direitos das mulheres e a discriminação contra as minorias. [Para ler o relatório completo, ir para: http://www.un.org/Docs/journal/asp/ws.asp?m=a/63/459  Matéria aqui  Relatório em espanhol
 
 

Alimentei corvos e abutres

 

Alimentei corvos e abutres
E arrancaram meus olhos
Por muito tempo
Os alimentei
Se fizeram robustos
Cega!
Completamente cega!

Não existiam sons
Nem de asas
Nem grulhar
Eram adestrados
Os corvos e abutres
Se misturaram aos urubus
Imundos e vorazes
Quantos são!
E insaciáveis queriam,
Querem
Bicar, extirpar, devorar
As entranhas

Não contavam
Com a regeneração
Da visão
Que retornou
No tempo decidido
Por Ele maior
Pude ver!
Deixaram
Penas fétidas
De seus rastros!

Esvoaçam
Barulhentos
Escandalosos
Propagam suas vergonhas
Aos urros,
divulgam seus crimes
Sujos de alma
Imundos de princípios

Quantos são!
Há tempos voando neste céu!
Encontraram suas carniças.
Querem os ossos!

A visão passada
retornou
Exacerbada
Memorial
Aguçada
Agora presente
Vejo o inferno

Arrancados serão
Os olhos
dos que pairam
nestas trevas
e  sem pena,
penas,
não será permitida
a regeneração
 
Ana Maria C. Bruni

Voces não perceberam a era em que vivemos? Tecnologia , meus caros

Não tem mais aquela de após decádas descobrirmos o que fizeram quando estavam no poder.Não dá tempo de aplicarem todos seus golpes como antes.Temos os bites, as pesquisas, rapidinho descobrimos.
Vejam só, voces não perceberam que estamos de olho! Não nos sucatearão de graça, deixaremos seus nomes eternizados em bites " eternos".
Não venham com " Meas Culpas" póstumas, perderam a credibilidade! Não aceitamos que errem e se desculpem  depois que os pegamos com as mãos em nossos bolsos.
Vocês são brasileiros ou agentes infiltrados?
Mas voltando ao assunto, estamos na era Tecno, achamos bom agirem direitinho. Bem direitinho, ganhem honestamente este dinheirão que lhes pagamos para pelo menos fingirem que trabalham por nós. Contenham-se, a era de Lâmpiões já se apagou há tempos.

8. Fórum Empresarial. Quantos mais serão necessários?

Certa vez  perguntando a um ambientalista de Ong que visitava Itacaré perguntei o que era permitido fazer na Mata Atlântica em termos de construções, etc
Sua resposta : NADA
Como nada ?
NADA ! Respondeu enfaticamente.
 
Deste magnífico diálogo simplista extrai-se a filosofia básica de nossa sobrevivência : Sim e Não, o resto é conversa, e perigosa!
...
 
Assistindo o 8° Fórum Empresarial  Ministro  disse que existem mais de 14.000 artigos do que pode e não pode em termos ambientais, salientou que se torna impossível ao pequeno agricultor ter conhecimento ao que lhe é permitido e quais os pontos que o leva a responder processos. Completamente impossível!
...
Então se para o pequeno é caótico o sistema legislativo para os poderosos infratores são benéficos, os processos se arrastarão intermináveis pois os tantos 14.000 artigos  possibilitam um cem números de recursos e no máximo uma multa irrisória já póstuma em relação aos lucros auferidos e os danos causados no período.
 
Ainda discutem  em Fóruns se podem ou não plantar arroz aqui e ali, se podem plantar nas encostas mais altas ou mais baixas. Apresentam  soluções caras e baratas sobre energia eólica,  hídrica, ou captada no deserto. Enquanto isto o caos reina, sem definições precisas, formando um bando de inconformados,  entupindo a justiça com processos, causando danos irrecuperáveis ao meio ambiente que já deixou de ser meio e se tornou fração.
 
Não sei se falaram sobre o trabalho escravo no Pará, mas pelas matérias que assisti ultimamente, deveríamos boicotar alguns produtos enquanto estes estados produtores não fiscalizarem a escravidão reinante como no caso dos catadores do famoso Açaí.- Aquela frutinha que nos dá energia e vigor é colhida por crianças, jovens, homens famintos e escravizados.
 
Falta a espada do Salomão! Falta a maçã decisiva para os que desejam viver no paraíso de Deus!
Os exemplos bíblicos estão por aí! Sem muita conversa procurando simplesmente definir o que PODE ou Não Pode! O inferno é nosso espaço atual, infringimos regras básicas e pagamos já pelas doenças em nosso povo devido a água poluída. nossos alimentos envenenados por agro tóxicos e animais contaminados.
Soluções existem, devem ter certamente seu preço. Mas é bom lembrar que de pão saudável vive o homem e a mulher, ´"nem só de pão" como dizem é conversa para os que estão de barriga cheia, o que não é o caso de milhões de brasileiros.
 
MATA ATLÂNTICA não pode continuar sendo nosso lema! Já a matamos temos de procurar recuperá-la
 
Perguntinhas básicas; Você deixaria seu carro em casa e usaria transporte coletivo? Você boicotaria empresas que utilizam trabalho escravo? Você participaria de petição ao Ministério da Saúde  para que nos revelasse o teor de contaminação dos produtos que consumimos? O que  você deixaria de fazer, de consumir hoje se fosse a solução para seus filhos terem um futuro saudável?
 
Os que não sabem ou procuram nos encaminhar para armadilhas ambientais com propósitos de lucros monetários para a nação falam muito. Os que sabem e sentem a terra como um dom precioso que precisa ser preservado para nossa geração e as futuras são categóricos, firmes em suas manifestações e soluções.
 
Vamos nos informar, questionar e procurarmos fazer nossa parte. Caso não o façamos, lembrem-se que nem ovelhas poderemos ser pois já teremos sido contaminadas!

quinta-feira, abril 23, 2009

Entre Supremos!

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa discutiram no plenário da Corte nesta quarta-feira, 22. Os dois divergiram no meio de um julgamento. Irritado com Barbosa, Mendes diz que o ministro "não tem condições de dar lição a ninguém". Ele, por usa vez, pede respeito e ataca: "Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro." E continua: "Vossa excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso". Mendes se irrita e pede respeito ao ministro. A sessão é encerrada.

Continue lendo aqui do Dois em Cena

DE 11, 8 Oito dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal subscreveram nota
 
 
 
 
 
 

terça-feira, abril 21, 2009

A Dengue voa, mas também pega carona!

Mais de 50.000 casos na Bahia.
Pessoas continuam morrendo, milhares por semana adoecem
Novas cidades com surtos.O exército foi embora.O caos na saúde continua
Fazem uns mutirões aqui e ali
Enquanto os mosquitos vão nascendo com as chuvas e se multiplicando aos milhões.
 
As festas, forrós, eventos de micareta  começam em várias cidades baianas.
Todos se calam as mortes, ao perigo de tantas pessoas circulando em tantos ônibus e veículos por tantas cidades e estados.
 
A Dengue voa, mas também pega carona!
 
Há poucos dias encontraram uma cobra , sucuri dentro de um ônibus que voltava do Pantanal. O que podem fazer alguns mosquitos contaminados circulando  em ônibus baianos? Uma Denguereta? Um Dengueforró?
 
50.000 casos de Dengue!

domingo, abril 19, 2009

Conversa com o Governador Jaques Wagner

Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1951. Sua atividade política iniciou-se em 1968 quando ingressou no movimento estudantil e presidiu o Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Em 1973, perseguido pelo regime militar, teve que abandonar o curso de Engenharia, quando faltava muito pouco para se formar e chegou a Salvador, na Bahia, em 1974. Desde então, Wagner vive na Bahia, onde iniciou sua trajetória profissional e política. Jaques Wagner é baiano por opção. (Leia mais)

Prezado Senhor Governador da Bahia Jaques Wagner

Vamos conversar como cariocas, pois a situação está muito complicada na Bahia.
Vim como o senhor também do Rio de Janeiro -cidade maravilhosa -em 1998 para Itacaré- Bahia, diziam ser um paraíso. Nosso Rio deixou de ser maravilhoso e por aqui está mais para inferno terrestre..


Não quero escutar nos meus, espero,derradeiros anos neste estado, que a situação trágica da Bahia foi obra de cariocas. Sabe como é, dizem ironicamente que não fazemos nada...

Li seu perfil,sua trajetória em seus 58 anos, sua atuação desde 1974 neste estado- Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Brasil-Ministro do Trabalho e Emprego do Governo Lula-Deputado Federal -Líder da bancada do PT -Secretario Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social -Ministro das Relações Institucionais -Interlocutor político e social do governo Lula e atualmente Governador da Bahia.

Quando assumiu o governo em 2007 minhas esperanças renasceram, prometia transformações,mas estamos em 2009 e não estou nada satisfeita com a atuação deste carioca que se diz baiano de opção.Preferiria que tivesse dito " de coração ", mas isto é só um detalhe...

Então como irmãos de Terra e adotivos desta Terra baiana lhe pergunto: Como um carioca tão capacitado pôde deixar a Bahia nesta situação? Quem são estes que o cercam? Quem lhe traz informações sobre a saúde,educação, fome, saneamento, violência,habitação? Quem são estes de sua equipe?

A história nos apresenta grandes feitos de baianos e baianas, gente culta, instruída, lutadora, competente. O senhor está cercado por elas? Por gente que ama a Bahia e que deseja o melhor para os que vivem aqui?
Quais são as prioridades do Chefe executivo da Bahia? Até construirmos novos aeroportos, ferrovias, resorts de luxo e novas indústrias estrangeiras investirem por aqui quantos baianos desaparecerão destas terras? Quantos perderão seus investimentos? Quantos retornarão para seus estados de origem desalentados e arruinados? Quantos baianos sairão da Bahia em busca de meios de sobrevivência?Quantos terão dengue e morrerão ainda? Quantos?

Não se almeja cargos de chefia em governos se a meta não for atuar com transparência, eficiência e cuidados extremos com os cidadãos sejam seus eleitores ou não. São vidas, nossas vidas que seu governo administra. O senhor gostaria de sua vida administrada por seu governo?
Não nos diga que faz o que se pode, nem culpe a Crise de 2009. Por favor não espere 2010 para realizar obras e tomar medidas essenciais e urgentes para a população.Seja um carioca honesto para com a Bahia.

O senhor possui um censo populacional de cada cidade da Bahia? Conhece realmente as necessidades e o potencial a ser desenvolvido de cada município? O senhor já teve dengue?

Governador Jacques Wagner o senhor ama a Bahia?

Do Itacare Politica

"Uma mulher apanha dentro de casa no Brasil a cada 15 segundos"

Vanessa Ribeiro Mateus: "Uma mulher apanha dentro de casa no Brasil a cada 15 segundos"
 
Vanessa Ribeiro Mateus, titular do primeiro juizado dedicado à violência contra a mulher em São Paulo, afirma que a cultura ainda faz com que as pessoas achem que bater, desde que seja na mulher e dentro de casa, não é tão grave
Marcelo Zorzanelli
Marcelo Min
A juíza Vanessa Ribeiro Mateus

Quando a juíza Vanessa Ribeiro Mateus recebeu a reportagem de ÉPOCA no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, trajava um vestido florido com decote, calçava sapatos de salto alto e tinha os cabelos loiros soltos. Ainda assim, esforçava-se para que passasse despercebido o fato de que ela provavelmente é a mais bela juíza a assumir um cargo relevante no Estado. Vanessa é casada, tem 33 anos e não tem filhos. Nasceu em Santos, no litoral paulista. E comanda o primeiro Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Estado de São Paulo, inaugurado no fim de janeiro. Ao responder às perguntas, vestiu-se da mais estrita gravidade para comentar os casos de violência doméstica que já contemplou na função.

ÉPOCA - Qual a importância do juizado especializado?
Vanessa Ribeiro Mateus -
Todos os foros regionais têm varas criminais que podem aplicar a lei Maria da Penha. Mas só esse juizado vai contar com a estrutura que a lei determina. Assistência jurídica integral para a mulher, psicólogas, assistentes sociais, e outros funcionários preparados para esse acolhimento. Tem até um lugar para as crianças ficarem brincando. Temos contato direto com os órgãos da municipalidade como os abrigos para mulheres que não podem mais ficar em suas casas. Mas o mais importante é que este juizado só vai tratar de violência doméstica contra a mulher.


ÉPOCA - Quais os grandes avanços da lei Maria da Penha?
Vanessa -
A Lei Maria da Penha permite que o mesmo juiz – que cuida do Juizado de violência doméstica – aplique medidas cíveis e criminais. O mesmo juiz que vai tocar o processo criminal e aplicar a pena – ele vai dar separação de corpos, pode determinar proibição de visitas aos filhos se os filhos estiverem sofrendo violência, pode encaminhar a mulher para os órgãos públicos, para a prefeitura municipal, para órgãos do estado, para casas de assistência, para ONGs. O juiz proíbe que o agressor se aproxime dos locais que a vítima frequenta ou da própria vítima. Mas a gente só pode agir se a vítima vier nos procurar.

ÉPOCA - Imaginemos uma situação prática. Uma mulher é ameaçada pelo companheiro. Ela vai à delegacia. Ela tem medo, não sabe o que fazer. Perguntam a ela: "Você quer mesmo abrir um inquérito? Ele pode ser preso". O que costuma acontecer nessa hora?
Vanessa -
É muito difícil colocar nos ombros da mulher a responsabilidade de mover um processo criminal contra o pai dos filhos dela, contra um homem que ela amou. Muitas vezes é por causa do sentimento que ainda existe, e outras vezes por conta da família dela. A família da mulher costuma dizer: "ele bate, mas é trabalhador". A nossa cultura ainda faz com que as pessoas achem que bater, desde que seja na mulher e dentro de casa, não é tão grave. É uma correção, como se a mulher precisasse ser corrigida.

ÉPOCA - O que pode ser feito para desconstruir essa visão?
Vanessa -
Em primeiro lugar, a mulher tem que ser estimulada a denunciar. E tem que saber que denunciando, alguma coisa vai ser feita. Porque se ela achar que nada vai acontecer, não vai procurar a polícia. E isso tem que ser tratado com mais seriedade, não pode ficar restrito aos muros da casa. Uma mulher apanha dentro de casa no Brasil a cada 15 segundos. É um número espantoso.

ÉPOCA - Quando não tem mais opção, por que a mulher simplesmente não pega as coisas e vai embora?
Vanessa -
Duas questões principais: dinheiro e filhos. Ela não tem condições financeiras de abandonar aquele relacionamento. E em outras vezes há a dependência afetiva. A violência doméstica não começa fisicamente, mas com a violência psicológica e moral, uma violência contra a honra. Quando a mulher é vítima dessa violência por anos, sua autoestima fica muito baixa. Elas não conseguem sair desse ciclo porque acham que não servem para nada. Acham que não serão capazes de fazer nada sem aquele marido que as corrigem, que as protegem.

ÉPOCA - Como acontece uma audiência no juizado?
Vanessa -
Ouvimos primeiro a vítima, para saber as medidas de proteção de que ela necessita. Pergunto como estão os filhos, como está a questão da comida – e a questão de vícios, se o agressor anda bebendo etc. Depois chamamos o agressor e aplicamos as medidas protetivas – desde um afastamento do lar até a prisão preventiva se ele reiteradamente colocar em risco a vida dessa mulher. Essa medida é concedida em frente ao agressor. Se ele não comparece, é intimado. A partir daí o processo corre normalmente.

ÉPOCA - O afastamento funciona?
Vanessa -
Se o juiz determinou o afastamento e o homem não cumpre a medida, a mulher pode e deve chamar a polícia. A policia deve retirá-lo do local e fazer a comunicação ao distrito. Funciona e às vezes não funciona. Às vezes não temos a notícia do resultado do afastamento porque a mulher não faz a denúncia. Só ficamos sabendo lá na frente, quando a violência se repete.

ÉPOCA - Por que muitas mulheres abrem mão das medidas de proteção?
Vanessa -
A violência é cíclica. Ela começa com uma tensão, ameaças e só então vai para a violência física. Depois o homem pede desculpas e fala que aquilo nunca vai acontecer de novo. Aí eles se comportam maravilhosamente durante alguns dias. As relações começam a ficar tensas novamente, vem a ameaça, e então nova agressão. Quando elas vão até a delegacia pedir para cancelar o processo é num momento de paz. Por isso a mulher precisa dessa estrutura da Lei Maria da Penha – atendimento psicológico. Ela precisa ter dignidade para romper o ciclo. Não dá para contar com a força de vontade de alguém que está com a autoestima tão comprometida.
 

Em discussão a violência contra a Mulher

Confira a reportagem que mostra que a violência contra a mulher acontece das mais diversas formas, inclusive sem contato físico e, muitas vezes, elas sofrem em silêncio.
 
A violência contra as mulheres é tema de um Seminário Internacional realizado em Belo Horizonte

Assista o Video - Leia na Integra no Jornal da Altarosa
 
 

sexta-feira, abril 17, 2009

Você doaria seus órgãos para o Tráfico de Órgãos?

Drauzio Varella: Diagnóstico de Morte Encefálica é inútil

Para ler mais sobre este assunto, acesse: Desvendando a farsa de Drauzio - Parte I
Drauzio Varella demonstrou em seu primeiro episódio da série sobre transplantes, que o diagnóstico de morte encefálica, fundamental para os transplantes, é simplesmente ignorado
Paulo Pavesi por Justiça!
NADA ALEM DA VERDADE http://ppavesi.blogspot.com/


Eles negam, mas a CPI do tráfico de órgãos comprov...
Mortos acordam em seus velórios
Drauzio Varella: Diagnóstico de Morte Encefálica é...
Drauzio Varella e Transplantes: mentir para prospe...
Atenção traficantes de órgãos no Brasil

Cidadania é algo muito maior e é a representação viva de um povo.

Paulo Veronese Pavesi " Paulinho " e sobre o Tráfico de Órgãos no Brasil

A ONG Caramella Buona apoia Pavesi nas denuncias contra o Tráfico de Órgãos no Brasil.

Paulo Pavesi já teve encontro neste período que está asilado na Itália com o Presidente da Camara Italiana, tem sido foco de diversas matérias em jornais italianos , alem de entrevistas na RAI TV nos últimos meses

Gerente de Sistemas, há 8 anos luta contra a Máfia do Tráfico de Órgãos de Minas Gerais. Agora sob proteção internacional do Governo Italiano através de asilo humanitário concedido em 17 de Setembro de 2008


VÍDEOS PAULO PAVESI
Paulinho e Tráfico de Órgãos no Brasil
http://br.youtube.com/ppavesi

Neste Blog em pesquisar coloque Paulo Pavesi, diversos topicos e links para outros sites sobre sua luta por justiça e recentemente sobre seu asilo na Italia.

Cabe a nós neste momento tão importante apoiá-lo para que as denúncias contra o Tráfico de órgãos tenham repercussão e esclarecimentos em nosso país.

OEA: P-893-07 - Tráfico de Órgãos Denúncia para OEA

Quer saber a razão pela qual um brasileiro está asilado na Itália? Pergunte aos nossos representantes no governo sobre Tráfico de Órgãos.
Endereços em www.emaildenuncias.blogspot.com
Escrevam para o Fantástico para incluírem a matéria sobre o Tráfico de Órgãos no Brasil
 
" O pulso ainda pulsa e enquanto pulsar estamos de pé "
Paulo Pavesi

Ana Maria C. Bruni

o mal não aceita trégua. Eles querem é sangue.

"O caminho para a liberdade de todos os cubanos deve começar pela justiça a todos os prisioneiros políticos de Cuba, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, o direito à associação e deve conduzir a eleições livres e justas; esse é o meu compromisso". E acrescentou: "A minha política com relação a Cuba será orientada por uma palavra: liberdade".

Barak Obama em discurso que comemorava a independência cubana
Fonte:aqui

OBAMA: NÃO SE ESQUEÇA DISSO. MÃO DUPLA, OK?

 
 
 
 
 
 
Frase deste post e Postagens do Dois em Cena sobre Cuba

Desproteger os justos enquanto não se toma medida alguma contra os injustos é o cúmulo da injustiça.

O Brasil somente poderá aceitar uma política de desarmamento no dia em que o governo conseguir impedir por completo a entrada de armas contrabandeadas no país. E não só isso. Deverá, primeiro, retirar as armas de todos os bandidos. Onde já se viu deixar a população desarmada em meio a milhares (ou milhões, talvez) de bandidos que as utilizam para matar cada um de nós? Desproteger os justos enquanto não se toma medida alguma contra os injustos é o cúmulo da injustiça.

Essa gente parece não compreender que a partir do momento em que alguém decide, deliberadamente, infringir todas as regras da boa convivência, deve arcar com os custos dessa decisão. Punir os maus e defender as suas vítimas não é favor algum, mas uma obrigação. Até os antigos gregos já sabiam disso.
 
Ensina Platão que quando Hermes indagou a Zeus se deveria distribuir a arte da justiça e do respeito a todos os homens, indistintamente, este respondeu: "A todos. Que todos os compartilhem, porque as Cidades não poderiam surgir se apenas poucos homens os detivessem, assim como acontece com as outras artes. Aliás, em meu nome, estabeleça como lei que aquele que não sabe compartilhar o respeito e a justiça seja morto como um mal da Cidade"
 
Marli Nogueira Juíza do trabalho em Brasília

 Na íntegra Assassino invisível

quarta-feira, abril 15, 2009

Conversa com o Governador Jaques Wagner

Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1951. Sua atividade política iniciou-se em 1968 quando ingressou no movimento estudantil e presidiu o Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Em 1973, perseguido pelo regime militar, teve que abandonar o curso de Engenharia, quando faltava muito pouco para se formar e chegou a Salvador, na Bahia, em 1974. Desde então, Wagner vive na Bahia, onde iniciou sua trajetória profissional e política. Jaques Wagner é baiano por opção. (Leia mais)

Prezado Senhor Governador da Bahia Jaques Wagner

Vamos conversar como cariocas, pois a situação está muito complicada na Bahia.
Vim como o senhor também do Rio de Janeiro -cidade maravilhosa -em 1998 para Itacaré- Bahia, diziam ser um paraíso. Nosso Rio deixou de ser maravilhoso e por aqui está mais para inferno terrestre..


Não quero escutar nos meus, espero,derradeiros anos neste estado, que a situação trágica da Bahia foi obra de cariocas. Sabe como é, dizem ironicamente que não fazemos nada...

Li seu perfil,sua trajetória em seus 58 anos, sua atuação desde 1974 neste estado- Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Brasil-Ministro do Trabalho e Emprego do Governo Lula-Deputado Federal -Líder da bancada do PT -Secretario Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social -Ministro das Relações Institucionais -Interlocutor político e social do governo Lula e atualmente Governador da Bahia.

Quando assumiu o governo em 2007 minhas esperanças renasceram, prometia transformações,mas estamos em 2009 e não estou nada satisfeita com a atuação deste carioca que se diz baiano de opção.Preferiria que tivesse dito " de coração ", mas isto é só um detalhe...

Então como irmãos de Terra e adotivos desta Terra baiana lhe pergunto: Como um carioca tão capacitado pôde deixar a Bahia nesta situação? Quem são estes que o cercam? Quem lhe traz informações sobre a saúde,educação, fome, saneamento, violência,habitação? Quem são estes de sua equipe?

A história nos apresenta grandes feitos de baianos e baianas, gente culta, instruída, lutadora, competente. O senhor está cercado por elas? Por gente que ama a Bahia e que deseja o melhor para os que vivem aqui?
Quais são as prioridades do Chefe executivo da Bahia? Até construirmos novos aeroportos, ferrovias, resorts de luxo e novas indústrias estrangeiras investirem por aqui quantos baianos desaparecerão destas terras? Quantos perderão seus investimentos? Quantos retornarão para seus estados de origem desalentados e arruinados? Quantos baianos sairão da Bahia em busca de meios de sobrevivência?Quantos terão dengue e morrerão ainda? Quantos?

Não se almeja cargos de chefia em governos se a meta não for atuar com transparência, eficiência e cuidados extremos com os cidadãos sejam seus eleitores ou não. São vidas, nossas vidas que seu governo administra. O senhor gostaria de sua vida administrada por seu governo?
Não nos diga que faz o que se pode, nem culpe a Crise de 2009. Por favor não espere 2010 para realizar obras e tomar medidas essenciais e urgentes para a população.Seja um carioca honesto para com a Bahia.

O senhor possui um censo populacional de cada cidade da Bahia? Conhece realmente as necessidades e o potencial a ser desenvolvido de cada município? O senhor já teve dengue?

Governador Jacques Wagner o senhor ama a Bahia?

Do Itacare Politica

Jaques Wagner Governador da Bahia

Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro em 16 de março de 1951. Sua atividade política iniciou-se em 1968 quando ingressou no movimento estudantil e presidiu o Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Em 1973, perseguido pelo regime militar, teve que abandonar o curso de Engenharia, quando faltava muito pouco para se formar e chegou a Salvador, na Bahia, em 1974.
 
Desde então, Wagner vive na Bahia, onde iniciou sua trajetória profissional e política. Jaques Wagner é baiano por opção.Logo que chegou começou a trabalhar como técnico de manutenção no recém criado Pólo de Camaçari. Começou a atuar no Sindicado dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica), tendo papel de destaque na luta pelos direitos dos trabalhadores. Conheceu o Presidente Lula num congresso de petroleiros e, em 1980, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT).
Nessa época, foi um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado da Bahia.Em 1981 tornou-se membro da diretoria do Sindiquímica-BA e implementou métodos democráticos de gestão, defendendo a extinção do próprio cargo de presidente, em prol da diretoria colegiada, uma das primeiras do Brasil. Iniciou o processo de fusão com sindicatos do mesmo ramo.Wagner foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Brasil, ao lado do Presidente Luís Inácio Lula da Silva e foi o primeiro Presidente do partido na Bahia. Eleito Deputado Federal pela primeira vez em 1990, Jaques Wagner foi eleito por três mandatos parlamentares consecutivos. Na Câmara Federal foi líder da bancada do PT em 1995 e vice-líder entre 1993 e 1998.Em 2002, Wagner foi candidato ao Governo da Bahia. Em uma brilhante campanha, enfrentando o que muitos diziam ser impossível de enfrentar, saiu de 2% das intenções de voto para alcançar no final a surpreendente marca de mais de 38% dos votos válidos, o equivalente a mais de 2 milhões de votos, inclusive com uma estrondosa vitória na capital, com mais de 220 mil votos de frente.

Foi ministro do Trabalho e Emprego do Governo Lula, época em que iniciou a reformulação das políticas de emprego, trabalho e renda, responsável pela geração de 4 milhões de empregos formais nos últimos 3 anos e meio. Durante a gestão de Wagner, o Ministério bateu recorde nas ações de combate ao trabalho escravo, o que levou o Brasil a ser citado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como exemplo deste tipo de ação. O trabalho de Wagner como Ministro também destaca-se pela implantação do Programa do Primeiro Emprego, que atendeu a cerca de 1,6 milhão de jovens com ênfase para o combate ao trabalho infantil.Assumiu a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República em janeiro de 2004, onde promoveu um amplo diálogo com os agentes econômicos, sociais e populares, elaborando a Agenda Nacional de Desenvolvimento.Em julho de 2005, atendendo a um chamado do Presidente Lula, no auge da crise política, Wagner tornou-se Ministro das Relações Institucionais, encarregado da Coordenação Política do Governo. Na pasta ganhou projeção nacional como o interlocutor político e social do governo Lula. Com a sua reconhecida capacidade de diálogo, o então Ministro Jaques Wagner contribuiu decisivamente para o equacionamento daquela crise.Em 2006 candidatou-se novamente para Governador da Bahia e foi eleito com 52,89% dos votos válidos para o período de 2007 a 2011. Com a vitória, assume o governo do Estado como o primeiro Governador de esquerda dos últimos 16 anos, tendo na negociação e no diálogo suas principais características de atuação política.Jaques Wagner é casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça e tem três filhos e um enteado.No Governador BA

Princípios para reformular o Inferno Terrestre

Primeiro, um conservador crê que existe uma ordem moral duradoura.

Esta ordem é feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante e as verdades morais são permanentes.
Esta palavra ordem quer dizer harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interior da alma e a ordem exterior do estado. Vinte e cinco séculos atrás, Platão ensinou esta doutrina, mas hoje em dia até as pessoas instruídas acham difícil de compreendê-la. O problema da ordem tem sido uma das principais preocupações dos conservadores desde que a palavra conservador se tornou um termo político.
O nosso mundo do século XX experimentou as terríveis conseqüências do colapso na crença em uma ordem moral. Assim como as atrocidades e os desastres da Grécia do V século a.C., a ruína das grandes nações, em nosso século, nos mostra o poço dentro do qual caem as sociedades que fazem confusão entre o interesse pessoal, ou engenhosos controles sociais, e as soluções satisfatórias da ordem moral tradicional.

Foi dito pelos intelectuais progressistas que os conservadores acreditam que todas as questões sociais, no fundo, são uma questão de moral pessoal. Se entendida corretamente esta afirmação é bastante verdadeira. Uma sociedade onde homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura, por um forte sentido de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a honra, será uma boa sociedade – não importa que mecanismo político se possa usar; enquanto se uma sociedade for composta de homens e mulheres moralmente à deriva, ignorantes das normas, e voltados primariamente para a gratificação de seus apetites, ela será sempre uma má sociedade – não importa o número de seus eleitores e não importa o quanto seja progressista sua constituição formal.
Segundo, o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade.

É o costume tradicional que permite que as pessoas vivam juntas pacificamente; os destruidores dos costumes demolem mais do que o que eles conhecem ou desejam. É através da convenção – uma palavra bastante mal empregada em nossos dias – que nós conseguimos evitar as eternas discussões sobre direitos e deveres: o Direito é fundamentalmente um conjunto de convenções. Continuidade é uma forma de atar uma geração com a outra; isto é tão importante para a sociedade com o é para o indivíduo; sem isto a vida seria sem sentido. Revolucionários bem sucedidos conseguem apagar os antigos costumes, ridicularizar as velhas convenções e quebrar a continuidade das instituições sociais – motivo pelo qual, nos últimos tempos, eles têm descoberto a necessidade de estabelecer novos costumes, convenções e continuidade; mas este processo é lento e doloroso; e a nova ordem social que eventualmente emerge pode ser muito inferior à antiga ordem que os radicais derrubaram um seu zelo pelo Paraíso Terrestre.

Os conservadores são defensores do costume, da convenção e da continuidade porque preferem o diabo conhecido ao diabo que não conhecem. Eles crêem que ordem, justiça e liberdade são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. Por isto, o organismo social é uma espécie de corporação espiritual, comparável à Igreja; pode até ser chamado de comunidade de almas. A sociedade humana não é uma máquina, para ser tratada mecanicamente. A continuidade, a seiva vital de uma sociedade não pode ser interronpida. A necessidade de uma mudança prudente, recordada por Burke, está na mente de um conservador. Mas a mudança necessária, redargúem os conservadores, deve ser gradual e descriminativa, nunca se desvencilhando de uma só vez dos antigos cuidados.
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.. e se percebe que vidas se perdem pela falta de princípios.Sobreviventes se encontram nos fins, sem os pilares de toda sua existência, manifestações aos princípios apresentam-se como reacionárias,anarquistas,conflitantes com o entorpecimento moral, e no beco se encontram no gueto..

Ana Maria C. Bruni

No Itacare News

Mentira I por Olavo de Carvalho

Falso amor à justiça: Brasil-Mentira I

Nação nenhuma tem o monopólio da imoralidade, mas algumas foram dotadas com uma quota extra que as torna exemplos de escolha numa investigação de filosofia moral. Ao incluir o Brasil entre elas, não tenho em vista as famosas taxas nominais de corrupção, onde, ao contrário, as comparações com outros países têm até um efeito consolador sobre as almas dos nossos compatriotas. Refiro-me a fenômenos de outra ordem, mais difíceis embora não impossíveis de quantificar. Já observei mais de uma vez que a nossa literatura de ficção, escassa em personagens de grandeza excepcional, santos, heróis ou monstros, é rica em figuras de minúsculos farsantes, mentirosos, fingidores compulsivos e semiloucos de vários matizes, que se abrigam numa esfera de irrealidade, fugindo da própria consciência. Com uma ou duas exceções, os personagens do maior e mais significativo dos nossos romancistas são todos assim. Também o são os de Lima Barreto, Raul Pompéia, Marques Rebelo, Annibal M. Machado e tantos outros, sendo até covardia lembrar a figura de Macunaíma, na qual os brasileiros se reconhecem tão facilmente, e cuja veracidade sociológica é atestada por um milhão de piadas populares que mostram os nossos conterrâneos em traços bem parecidos com os dele.

Uma vaga consciência de que há algo de errado com os padrões de moralidade da nossa gente perpassa as conversas familiares, as crônicas de jornal, os espetáculos de cinema e teatro, as novelas de TV, etc., e alimenta algumas discussões de mais alto nível, como aquelas que aparecem em livros de Paulo Prado, Mário Vieira de Melo, J. O. de Meira Penna, Roberto da Matta, Ângelo Monteiro. O que aí se destaca não é a propensão à criminalidade propriamente dita, mas uma tendência quase incoercível a preferir antes o fingimento do que a sinceridade, antes a aparência artificialmente construída do que a realidade conhecida. É como se o brasileiro não acertasse jamais falar com a sua própria voz, sentindo-se antes compelido, por um intenso desejo de aprovação – também ele camuflado –, a imitar o tom das conveniências momentâneas.

Desde os tempos de Lima Barreto, não se atenuou nem um pouco o vício nacional de sacrificar a ambições mesquinhas, se não à busca obsessiva de segurança contra perigos imaginários, os impulsos mais altos do espírito humano, condenando-os, não raro, como tentações pecaminosas, provas de vaidade, cobiça, pedantismo ou desprezo pelos semelhantes. As vocações intelectuais e artísticas são aí especialmente sacrificadas, não só quando se vêem esmagadas pela pressão e pela chacota do ambiente, mas até mesmo quando se realizam, porque o fazem num sentido oportunístico e farsesco, o único possível nessas condições, que as transforma em caricaturas de si mesmas.Nas últimas décadas, porém, essa deformidade moral crônica foi se acentuando de tal modo que começa a assumir as feições de uma sociopatia alarmante, disseminada sobretudo entre as classes cultas com mais acesso aos meios de difusão. As opiniões dessa gente vão se afastando dia a dia de todo padrão universal de veracidade e moralidade, ao ponto de constituirem já um sistema ético peculiar, válido só no território nacional, fechado e hostil às exigências da consciência humana em geral, inacessível a toda cobrança superior de idoneidade e racionalidade.

O mais característico desse novo sistema é que seus criadores e representantes não têm a mais mínima idéia de quanto suas falas, atitudes e julgamentos são imorais, maliciosos e alheios àquele mínimo de franqueza que uma alma deve ter ao falar consigo mesma para que, quando fala com os outros, se reconheça nela a voz de uma "consciência", um espírito alerta, uma presença viva. Falar numa linguagem de estereótipos, com um automatismo sufocante, parece que se tornou obrigatório.O fator que mais contribuiu para isso foi decerto a tomada dos meios de comunicação, do sistema educacional, das instituições de cultura e dos altos postos da política por uma geração marcada pelo sentimento de vitimização, acompanhado, inevitavelmente, da crença na sua bondade intrínseca e na recusa completa, radical, absoluta, de encarar seus supostos inimigos como sujeitos humanos portadores de uma consciência moral, capazes de dar razão de seus atos e merecedores de um confronto justo. O sentimento de impecância essencial, que está hoje disseminado em todas as classes falantes deste país, predispõe a um discurso de acusação indignada que encobre os mais óbvios pecados próprios sob a impressão – artificiosamente reiterada ao ponto de tornar-se uma carapaça invulnerável – de estar sempre discursando em nome de valores sublimes sufocados pelo mundo mau, quando, na verdade, o que torna o mundo mau é acima de tudo o número excessivo de pessoas imbuídas desse mesmo sentimento.

Um dos sintomas mais alarmantes dessa patologia é a fúria justiceira com que as autoridades e seus acólitos, os "formadores de opinião", investem contra delitos menores, sobretudo de ordem financeira, ao mesmo tempo que toleram, como detalhe irrisório, a taxa anual de 50 mil homicídios que faz do Brasil a nação mais cruel e assassina do mundo. Quando um magistrado exclama que 94 anos de cadeia são punição branda para a sonegação fiscal e delitos correlatos, ao mesmo tempo que assassinos em série, seqüestradores e traficantes de drogas são protegidos pela leniência das leis e ainda celebrados como vítimas da sociedade má, está claro que uma nova classe falante subiu ao primeiro plano da cena pública, intoxicada de uma tal dose de rancor invejoso contra a "burguesia", que não hesita em conceber traficantes multibilionários como pobres vítimas do capitalismo, fazendo deles aliados na epopéia revolucionária da "justiça social" que pretende implantar.

Leia Olavo de Carvalho

segunda-feira, abril 13, 2009

Podem nascer Mosquitos - Dengue! Chuva no Sul da Bahia!

 A chuva chegou e com ela podemos dar como certa a infestação geral pela Dengue no Sul da Bahia

 O índice geral de infestação de larvas do mosquito da dengue recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 1% ,algumas cidades como Itabuna  o índice é de 16,8%, nas outras cidades sabe-se lá pois nada informam!

Itabuna já teve 8 mortes confirmadas, outras como dizem ainda sobre " suspeita" e mais de 6.000 casos. A Dengue avança para Ilhéus e cidades vizinhas.

O índice é alarmante,  um silêncio " turístico- comercial-empresarial" reina por estas bandas enquanto milhares adoecem e morrem.

Acorda meu Povo em Itacaré- Bahia

Dez anos depois da urbanização da polêmica rodovia BA 001, que cortou florestas entre o município de Ilhéus e Itacaré, já é possível fazer uma avaliação de seus impactos e resultados sócio-ambientais, e esta é uma importante linha de pesquisa para alinhavarmos quais práticas são sustentáveis para o desenvolvimento sustentável no Sul da Bahia.

A questionada "estrada ecológica" construída pelo PRODETUR, mediante compensação ambiental, numa atuação precisa da ONG ambientalista IESB, trouxe um ganho ambiental importante: a criação do Parque Estadual da Serra do Condurú, marco fundamental para um Sistema de Unidades de Conservação do Sul da Bahia.

Se o Parque foi um marco da conservação, a estrada, que também abriu essa porta, tornou-se a referência principal da primeira década de desenvolvimento intensivo do turismo no Sul da Bahia. Nesse período, como nunca antes, Ilhéus e Itacaré tornaram-se um destino procurado, conhecido e frequentado, inclusive por uma seleta constelação de cecelebridades nacionais e internacionais.
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Entre Ilhéus e Itacaré, a estrada passa pela Vila de Serra Grande, distrito do município de Uruçuca, e aí temos uma paisagem que é pura reflexão. Muito temos a refletir sobre o nosso futuro, quando nos deparamos com o o manto verde da Área de Proteção Ambiental do entorno do Parque Estadual da Serra do Condurú, num ambiente recordista mundial de diversidade de árvores, onde o forte azul do mar declara o bom estado de conservação da plataforma marítima.
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Itacaré atraiu um empresariado interessado na conservação florestal para manter seus negócios com o turismo, mas trouxe consigo outros fantasmas, como a privatização. Do ponto de vista da conservação florestal, a estrada parece ter sido boa pra Itacaré, pois no trecho ilheense, ocorre uma explosiva pressão urbana ao longa da estrada, registrando recorrentes agressões, como denunciamos em nossa reportagem Estrada Ilhéus-Itacaré: Dez Anos Depois.

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Mas a sustentabilidade do desenvolvimento não pode ser avaliada apenas pela conservação dos ecossistemas, mas pelo conjunto sócio-ambiental e econômico regional que se dissolve na paisagem. Ser verde por aqui é fazer justiça social com responsabilidade ecológica, o que requer lideranças públicas comprometidas e um senso ético comum.

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Itacaré é um dos poucos municípios brasileiros onde a campanha Desmatamento Zero atingiu êxito. A opção social pela floresta e pelo verde é perceptível e é por isso que a pequena cidade está se consolidando como referência internacional para o turismo ecológico. Mas a sustentabilidade dessa paisagem, depende, em grande parte da superação da pobreza e da exclusão social.

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Itacaré cresceu, mas alterou muito pouco sua vocação verde. No entanto, dez anos depois de tanta fama e badalação de luxuosos Resorts, a cidade recebeu pouquíssimos investimentos em sua estrutura. Até mesmo o passeio da avenida principal permaneceu igual, e só recentemente teve um tímido recapeamento de cimento.

Não podemos aceitar o nível investimentos públicos realizados nos anos pós-estrada, em políticas essenciais de infra-estrutura, incluindo-se aí um sistema de licenciamento e fiscalização mais eficiente.

O turismo sustentável nesse postal do verde atlântico precisa ser inclusivo, e ser um portal de valorização da cultura e tradições regionais, pois Itacaré é uma referencia para as comunidades tradicionais de pequenos agricultores, extrativistas, quilombolas e pescadores. A vocação indiscutível para o turismo e a conservação estão se tornando aliados da melhoria da qualidade de vida dessas populações.
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Nós acreditamos, que a integração dos nativos no que podemos denominar "Projeto Itacaré" pode servir de referência para o turismo sustentável do Sul da Bahia, e essa integração depende do diálogo permanente entre Nativos e Visitantes, ONG´s e Empresas, Governo e Comunidade.
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A OBRA QUE NÃO DEVIA TER SIDO LICENCIADA

As vezes, os governantes têm boas ideias, mas, por falta de uma boa acessória técnica - e diálogo, executam a boa ideia sem um planejamento correto. Assim, a prefeitura de Itacaré com recurso do governo federal (Prodetur - Projeto Orla), projetou centros de artesanato, cuja execução resultou em um grande equívoco.

A construção, agredindo o principal monumento arquitetônico da cidade, a Igreja Matriz de São Miguel e conjunto de casarões do século XVIII, que ainda se encontram em fase de tombamento definitivo, resultou em diversas ações no ministério público e no embargo da obra, que se traduz em perda de tempo e prejuízo.
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Embargada desde Julho de 2008 pelo Ministério Público e pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), à partir da ação da sociedade civil organizada, a obra deveria ter sido discutida com a comunidade, antecipadamente, e não poderia ter sido aprovada pelo Governo Federal.
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Já a arborização das ruas com espécies nativas foi uma ideia bem executada, até mesmo os jardins de tal obra embargada, especialmente aqueles pés de cacau, tão pouco utilizados em arborização urbana. A arborização urbana com espécies nativas sinaliza para o que pode ser muito bom em Itacaré, ser verde com justiça social e qualidade de vida para todos.

Ide!

e foram apontados os Imundos e Imundas,
alguns entraram nos porcos
e se precipitaram endemoniados,
em abismos longe daqui
 
Outros permanecem no meio de vós
Vós os acolhem
e dizem para que eu me vá!
 
Fiquem com os demonios
no que chamam de Paraíso
 
Ana Maria C. Bruni
Mateus - Expulsão dos demônios
 

sábado, abril 11, 2009

FERIADOS PODEM AUMENTAR CASOS DE DENGUE NA BAHIA

Porto Seguro, Ilhéus, Itacaré, Itabuna e toda a região sul do estado estão entre os destinos muito procurados

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FERIADÃO PODE AUMENTAR CASOS DE DENGUE
Grande fluxo nas cidades em estado de emergência

O feriadão da Semana Santa, que começa hoje, leva milhares de pessoas a visitar parentes no interior do estado, com isso o risco de aumento de casos de dengue aumenta.
Muitas pessoas parecem despreocupadas e se direcionam para as cidades com maior índice de infestação da doença, o que pode aumentar o número de doentes e também a procura por hospitais e centros de hidratação da capital baiana no fim do feriado.
Porto Seguro, Ilhéus, Itacaré, Itabuna e toda a região sul do estado estão entre os destinos muito procurados, segundo a Agerba. Duas dessas cidades estão em estado de emergência na Saúde por cauda da epidemia de dengue. E no caminho, Eunápolis também está em emergência.A previsão de chuvas no final de semana, em boa arte do estado, é outro sério fator de risco, os ovos do mosquito transmissor da dengue sobrevivem até dois anos em locais secos, segundo informações da Sesab e podem eclodir ao entrar em contato com água parada.A população deve ficar sempre atenta para locais e objetos propícios à proliferação do mosquito.