sábado, janeiro 03, 2009

Brasil -Covarde ataque a seres humanos enquanto comemos pipocas assistindo aos BBB

"Pipoca" é a gíria militar dos EUA para bombas de fragmentação. Uma analogia sagaz, e também brutal. O design básico das bombas de fragmentação é uma cápsula profunda contendo centenas de "pequenas bombinhas", variando de acordo com modelo e desenho. Essas pequenas bombinhas são espalhadas, e a área afetada pode chegar a três campos de futebol. As bombas de fragmentação são conhecidas pela alta probabilidade de deixarem para trás bombas não detonadas – mas ainda em funcionamento. Absurdamente, alguns fabricantes dessas bombas decidiram dar a elas cores brilhantes, em uma alegada tentativa de diminuir os riscos, ao tornar os restos mais visíveis para os civis. Para surpresa de ninguém, o resultado é que as cores brilhantes recém-introduzidas apenas pioram a situação, pois são atraentes para as crianças. Um pesadelo bem conhecido das crianças afegãs e vietnamitas, para citar algumas, quanto mais dos governos do mundo. Ainda assim, as bombas de fragmentação estão entre as armas "legítimas".

 

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.O país escondido

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jânio de Freitas - Folha de S. Paulo
Na recusa ao banimento de bombas de fragmentação, o Brasil alinhou-se a Estados Unidos, Israel e Rússia

A RECUSA do governo Lula a juntar o Brasil aos 92 países do tratado contra fabricação, uso e venda de bombas de fragmentação -armas terríveis contra populações civis- aponta em várias direções inquietantes.

 

BRASIL CONTRA OS DIREITOS HUMANOS. Em reunião da ONU na Noruega o Itamaraty, seguindo orientação do Ministério da Defesa, anuncia que o Brasil é contra a proibição da fabricação e emprego das bombas de fragmentação (cluster bomb), sob o argumento que são importantes para a "segurança nacional". Interesses econômicos e militares brasileiros, já que o Brasil produz e exporta essas bombas, acabam dominando a posição do governo brasileiro. Esta é um tipo de bomba que mata e mutila civis. Desde 1965 a sociedade civil mundial tenta banir esse tipo de armamento, mas ditaduras e governos retrógrados impedem. É uma bomba barata de se produzir e que dá grandes lucros no Brasil e já matou ou mutilou mais de 100.000 civis desde 1965. Essa bomba nem sempre explode quando lançada, se fragmenta e vira uma mina terrestre. 1/3 das pessoas mortas e mutiladas por esse tipo de armamento quando vira mina são crianças. Maior interessada é uma empresa estatal, a IMBEL

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O senador Valter Pereira reconheceu que qualquer país precisa de Forças Armadas e que seria ingenuidade pensar que o pacifismo do Brasil justificaria abrir mão de armamentos e organizações militares. Ele assinalou que o Brasil tem um vasto território, é objeto de muita cobiça e tem fronteiras vulneráveis.

"- Todavia, as demandas militares e os apetites comerciais não podem justificar a exacerbada liberalidade na produção e transação de armamentos"

Brasil...

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